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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: Em Portugal, foi demonstrado que o rastreio do cancro colo-rectal, baseado no teste imunoquímico fecal seguido de colonoscopia, seria custo-efetivo para indivíduos entre os 50 e 74 anos. Neste artigo reportamos os primeiros resultados da implementação do programa de base populacional na região Norte de Portugal.
Material e Métodos: Na fase piloto, os sujeitos elegíveis foram alocados a dois métodos, por convite através do correio ou por meio de entrega direta nos centros de saúde. No primeiro ano de implementação do programa avaliámos a taxa de adesão, a taxa de positividade de teste imunoquímico fecal, o rendimento diagnóstico de neoplasia avançada e os parâmetros de qualidade da colonoscopia pós- teste imunoquímico fecal positivo.
Resultados: Foram convidados 100 501 indivíduos elegíveis (49% do sexo masculino com idade mediana de 55 anos). Destes, 5228 participaram na fase piloto e 95 273 participaram no primeiro ano do programa. No primeiro ano do programa, a adesão foi de 29%, com taxa de positividade de 5% e adesão de 60% às colonoscopias. A taxa de deteção de teste imunoquímico fecal de neoplasia avançada foi de 0,35/1000 indivíduos, e o valor preditivo positivo na colonoscopia pós-teste imunoquímico fecal positivo foi de 44% e 2% para adenoma avançado e cancro invasivo, respetivamente. Não foi relatado nenhum evento adverso após colonoscopia.
Discussão: A adesão subótima a teste imunoquímico fecal e colonoscopia pós-teste imunoquímico fecal continua a ser a etapa mais problemática.
Conclusão: Um sistema de convite centralizado foi viável, a qualidade das colonoscopias realizadas e o rendimento diagnóstico adequados antecipando o sucesso do programa.
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