REDES SOCIAIS
Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: A maioria dos pacientes não são reconhecidos pelos seus profissionais de saúde como tendo necessidades paliativas.Este estudo de viabilidade visou ajudar os profissionais de saúde a identificar doentes hospitalares com necessidades paliativas.
Material e Métodos: Método misto, transversal e observacional. Os critérios de inclusão dos doentes compreenderam: idade igual ou superior a 18 anos; capacidade mental para dar consentimento informado, avaliado pelos profissionais de saúde participantes ou, caso não tenham essa capacidade, presença de um representante legal para consentir; ser portador de doença incurável, ameaçadora do tempo de vida. As notas de campo serviram fins reflexivos. As medidas de resultados utilizadas foram: escala integrada de cuidados paliativos, pergunta surpresa, fase da doença, estatuto de pedido de encaminhamento, Estado de Desempenho do Grupo de Oncologia Cooperativa Oriental (ECOG) e avaliação das necessidades sociais. A reunião intercalar no período de recolha de dados auxiliou-nos a avaliar os resultados da implementação em cada contexto. No final do período de recolha de dados enviámos um inquérito eletrónico aos profissionais de saúde participantes para explorar experiências globais de participação e resultados de implementação.
Resultados: Contactámos 42 serviços em quatro hospitais. Apresentámos o estudo em nove serviços. As notas de campo foram vitais para compreender o processo de recrutamento e as dificuldades vividas: restrições de tempo, medo de trabalho acrescido, dinâmica de serviços e organização, relações entre serviços e necessidade de formação em cuidados paliativos e investigação. Contámos com a participação de um serviço, seis profissionais de saúde e 45 doentes. Três profissionais de saúde participantes responderam ao inquérito eletrónico.
Discussão: A taxa de participação foi muito baixa. Não é suficiente legislar sobre os cuidados paliativos. É também necessário implementar um plano integrado de cuidados paliativos a nível nacional e institucional.
Conclusão: É urgente a formação em cuidados paliativos generalistas a médicos que trabalham em hospitais.
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