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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: Um número crescente de países tem vindo a legalizar o processo de antecipação da morte. Numa altura em que a lei sobre a despenalização da morte antecipada medicamente foi aprovada no parlamento português, o desenvolvimento de investigação relacionada com o processo de tomada de decisão assume crucial importância. Com este estudo pretendemos avaliar se a apresentação de vinhetas clínicas altera a concordância com a prática de morte antecipada, comparando com cenários descritos de forma geral, numa amostra de médicos portugueses.
Material e Métodos: Foi distribuído um questionário por médicos docentes nas faculdades de Medicina do país, para avaliar o grau de concordância com a prática de morte antecipada. O questionário contemplou oito casos norma e oito vinhetas clínicas enquadrados em condições definidas na lei para a prática de morte antecipada. As diferenças foram analisadas através do teste t-Student para amostras emparelhadas.
Resultados: Verificaram-se diferenças estaticamente significativas em cinco cenários, com uma maior concordância em relação às vinhetas clínicas (t = 3,46; p < 0,05; t = 2,47; p < 0,05; t = 4,28; p < 0,05; t = 3,38; p < 0,05; t = 3,66; p < 0,05). O cenário com maior concordância foi o referente a pedidos por parte de adultos com doença incurável fatal.
Conclusão: A concordância com a vinheta clínica aumentou em comparação com o respetivo caso norma para a maioria dos casos de morte antecipada apresentados.
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