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Revista Científica da Ordem dos Médicos
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte globalmente. O objetivo deste estudo foi atualizar a estimativa do risco cardiovascular a 10 anos na população portuguesa utilizando o novo Systematic Coronary Risk Evaluation 2. Foram utilizados dados do Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico de 2015. Os critérios de inclusão foram a idade entre 40 e 69 anos, ausência de gravidez, informação disponível sobre o sexo, idade, consumo de tabaco, pressão arterial sistólica, colesterol total e colesterol da lipoproteína de alta densidade. Os participantes previamente diagnosticados com enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, diabetes, doença renal crónica ou com terapêutica para estas doenças foram excluídos da análise. A prevalência de risco cardiovascular alto e muito alto foi estratificada por sexo, grupo etário, estado civil, nível de escolaridade, atividade profissional, grau de urbanização da zona de residência, região de saúde e quintil de rendimento. A amostra foi constituída por 2817 indivíduos. Em Portugal, em 2015, 36,7% (IC 95%: 34,2 - 39,3) e 6,1% (IC 95%: 4,8 - 7,4) dos indivíduos entre os 40 e 69 anos apresentaram um risco alto e muito alto, respetivamente, de desenvolver uma doença cardiovascular a 10 anos. Em 2015 houve uma elevada percentagem (42,8%) da população portuguesa entre os 40 e 69 anos em risco alto ou muito alto de desenvolver doença cardiovascular (fatal e não fatal) a 10 anos. Uma explicação possível poderá ser a elevada prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular em Portugal.
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